Curso de Formação: um panorama da visão dos professores
Preparar um Curso de Formação totalmente voltado às necessidades da NTS não é tarefa simples. Conheça um pouco mais sobre o projeto que foi desenvolvido em parceria com a UnIBP.
Preparar um Curso de Formação totalmente voltado às necessidades específicas de uma empresa não é tarefa simples. Exige estudo de caso, envolvimento e dedicação de muitos profissionais e muita determinação. Mas para a NTS, esses são atributos que não faltam – o que permitiu que esse ousado projeto saísse do papel, em parceria com a UnIBP, mesmo em meio a uma pandemia.
Nesta matéria, mostraremos um panorama da percepção dos professores sobre o Curso ministrado a operadores e técnicos. Abaixo, contamos com os depoimentos de 3 desses educadores – apenas alguns entre o time de peso montado para o Curso.
“COISA DE PRIMEIRO MUNDO”
A preparação dos professores não pode ser definida brevemente, cada um tem suas particularidades. O que eles têm em comum, isso sim, é uma bagagem vasta de conhecimento, seja ela na atuação no mercado de gás, na pesquisa ou no ensino. Bagagem essa que possibilita o mais rico aprendizado aos nossos novos colegas.
Para o experiente Sidney Stuckenbruck*, que ministra a disciplina Teoria Básica para Estudo de Escoamento de Dutos, a turma da NTS tem boas peculiaridades:
“Dou aula na PUC há anos e aqui tenho tido uma experiência diferente. Deparei com quase 60 alunos, em sua maioria de nível técnico, com uma grande capacidade de absorver coisas complicadas em curto prazo. Minha aula é sobre tópicos de física que não são simples. Mas a turma é muito interessada e teve uma reação muito boa”, explica.
Para ele, o maior desafio tem sido o fato de o ensino ser à distância. “Para mim é um pouco estranho essa coisa online. Sou professor antigo e sinto falta do contato físico. Mas a gente se adapta”.
O investimento da NTS nos funcionários é o que ganha mais elogios por parte de Stuckenbruck: “Como professor e pesquisador antigo, acompanho a industrialização do país há anos. E esse treinamento está em outro patamar, é do mais alto nível, algo que me entusiasma muito. Quem é funcionário da NTS pode se considerar um felizardo. Conheço o Wong há tempo e posso dizer que não há muitas empresas com essa consciência.”
E essa opinião é compartilhada pelos outros professores com quem conversamos. Vitor Monteiro**, encarregado da disciplina Ciências Químicas e Físicas, é habituado com parcerias com o IBP, mas diz nunca ter visto nada dessa magnitude: “Primeira vez que participo de um curso com esse tamanho, essa extensão, que encadeia uma série de disciplinas em sequência oferecido por uma empresa. É um privilégio”.
E Walmir Gomes dos Santos***, responsável por 4 disciplinas (O Gás Natural, Transporte e Distribuição de Gás Natural, Processamento de Gás Natural e Condicionamento de Gasodutos de Transporte de Gás Natural), vai mais além: “Já participei de muitos treinamentos in company, mas nunca nenhum com a amplitude e penetração desse da NTS. Quando explicaram o projeto, pensei cá comigo: ‘Isso é coisa de primeiro mundo, só vi em mercados mais desenvolvidos’. Hoje temos muita convulsão no mercado, no ambiente de negócios, e a NTS vem no contra fluxo, a empresa partiu para um investimento agressivo naquilo que eu considero que é o principal patrimônio de uma corporação: os seus empregados. É algo realmente fora da curva.”, diz.
Ele aponta ainda outra questão que lhe chamou atenção: a participação dos alunos.
“Acho que foi feito um trabalho de motivação que teve muito sucesso. A participação deles é impressionante, eles interagem mais até do que estou acostumado em aulas presenciais. E nem sempre a participação é dúvida. Vários já têm uma vivência, uma experiência pessoal para compartilhar, e isso é extremamente positivo porque ajuda a fixar com linguagem prática, a linguagem deles. São muito curiosos, exploram tudo o que é possível e me deixa muito feliz por poder ensinar.”
O professor Vitor divide essa mesma observação sobre a dedicação dos alunos: “São muito pilhados, querem aprender, perguntam. Eles estão em horário de trabalho, há por isso uma seriedade maior do que em outras oportunidades. Tem uma responsabilidade muito grande envolvida.”, explica.
Vitor ressalta também que a heterogeneidade da turma é um ponto muito relevante, sobretudo para sua disciplina, que traz um apanhado geral de temas que muitos já tinham visto, mas também com muita coisa nova. “O volume de informação é muito grande, meu papel é criar um alicerce para os próximos cursos. E com pessoas com bagagens diferentes, esse nivelamento precisa ser muito bem trabalhado”, esclarece.
Dedicado a manter o foco e motivação dos alunos, ele conta ainda que tem se desafiado a encontrar didáticas atrativas para as aulas digitais.
“Sou do tipo que anda pela sala, interage o tempo todo. O contato físico é um recurso importante para motivar, manter atento. E agora esse recurso nos foi tirado. No primeiro momento senti muito, agora vou melhorando a cada aula. Uso muito movimento, vídeos, cores, recursos de PPT, recursos da nossa plataforma. Gosto da dinâmica de dividir em 4 ou 5 salas virtuais para resolver problemas, por exemplo, é uma coisa para chamar mais atenção.”
O importante, segundo Vitor, é manter todos no mesmo patamar e ajudá-los a desenvolver raciocínio: “Eu quero que eles tenham ferramentas para pensar. É um curso diferente, não foi encontrado na prateleira.”, finaliza.
UM POUCO MAIS SOBRE OS 3 PROFESSORES
*Sidney Stuckenbruck:
- Graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica (Universidade de Houston 1973).
- Professor na PUC entre 1974 e 1988 e 2002-presente.
- Professor visitante Michigan State University (1983-1985).
- Presidente (e sócio fundador) da Associação Brasileira de Ciências Mecânicas e Engenharia – ABCM (1978-80, 1987-89, 1989-92),
- Secretário Executivo (fundador) do “Projeto Multinacional de Análise de Integridade e Extensão de Vida de Equipamentos Industriais” – PROMAI (1992-2005).
- Atualmente professor e coordenador na PUC-Rio do curso de Engenharia de Dutos.
**Walmir Gomes dos Santos:
- Formado em Engenharia Química pela UFRJ (1985), com especialização em Engenharia de Processamento pela Universidade Corporativa da Petrobras (1986).
- Doutor em Ciências em Engenharia Química pela UERJ (2018).
- Acumula 35 anos de experiência em atividades ligadas ao setor de petróleo & gás, tendo atuado, entre outras, na área de engenharia de implantação de empreendimentos de processamento e transporte de gás natural.
- Foi gerente de projetos da área de gás natural, gerente de tecnologia da área de engenharia da Transpetro e, como última função na empresa, foi consultor sênior da área de engenharia.
***Vitor Augusto de Rego Monteiro:
- Bacharel em Química pela Unicamp (1994), mestre em Físico-química de colóides e superfícies e Morfologia de nanopartículas pela Unicamp (1997).
- Professor desde 1996 em Ensino Médio e pré-vestibular.
- Aprovado como químico por concurso pela Petrobras em 2002.
- Atua atualmente no Laboratório de Fluidos de Perfuração e Completação do Centro de Pesquisas (CENPES), como coordenador de projetos e novas tecnologias nas áreas de perfuração e completação. Ministra cursos de fluidos de perfuração e completação no IBP desde 2009.