CEO da NTS participa de painel sobre transporte de gás na Rio Oil&Gas 2020
Em sua apresentação, Wong Loon destacou os passos-chave desempenhados pela NTS na construção de uma operação independente.
O CEO da NTS, Wong Loon, participou no primeiro dia do congresso Rio Oil&Gas 2020 do painel “Transporte dutoviário de gás natural”. Com Erick Portela Pettendorfer (TBG), Claudia Brun (Equinor) e Symone Christine de Santana Araújo (ANP) na bancada, a palestra trouxe à tona os desafios e responsabilidades de cada agente no contexto do novo mercado de gás.
Em sua apresentação, Wong destacou os passos-chave desempenhados pela NTS na construção de uma operação independente. Mostrou como a empresa vem trabalhando com proposições que se adiantam à aprovação da Nova Lei do Gás, de modo a traçar um caminho para o modelo de negócio ideal no futuro. Ressaltou que a NTS em breve terá possibilidade de oferecer capacidade firme oriunda do Termo de Compromisso de Cessação de Prática (TCC) assinado com a Petrobras (hoje detentora da totalidade da capacidade dos dutos da NTS) e que o intuito é que essa oferta seja feita de maneira simples e amigável para os novos clientes, seguindo o modelo de entrada e saída, e que seja ofertada com interconexão com a malha de outras transportadoras.
“Temos uma associação de transportadoras de gás (ATGás) que trabalha unida, com encontros semanais, para que os clientes nos vejam como uma malha única, interconectada, e cada um de nós tem a responsabilidade de dar essa visibilidade global para o cliente. Somos NTS, TAG e TBG, mas estamos coordenadas, em pleno acordo e atuando de maneira transparente”, concluiu Wong.
Na sequência, o CEO da TBG, Erick Portela Pettendorfer, também reforçou a importância das transportadoras no processo de abertura de mercado, com a necessidade de simplificação e do trabalho em conjunto para o novo ambiente que se desenha.
Como representante de possível cliente na cadeia do gás, a Conselheira Sênior de Novas Cadeias de Valor no Brasil da Equinor, Claudia Brun, enfatizou a urgência pela oferta de capacidade firme para materializar a abertura do mercado e a necessidade que os carregadores têm de conhecer essas capacidades e suas tarifas. “Todos os esforços precisam estar focados em diminuir as incertezas nesse período de transição”, disse.
Encerrando a palestra, a Diretora da ANP Symone Christine de Santana Araújo reforçou o papel que o transporte tem no processo de abertura, de modo que se oferte capacidade de maneira simplificada para que os agentes injetem e retirem gás sem riscos de gargalos. Ela lembrou ainda os três pilares essenciais defendidos pelo regulador no processo de abertura: previsibilidade, governança e segurança jurídica.
“Podemos começar com contratos bilaterais, mas vamos olhar e desejar um mercado organizado. Se não soubermos para onde caminhamos, não temos uma visão clara de futuro”, pontuou.